segunda-feira, 16 de junho de 2014

FIBRAS DA REDE




Suspiro.
Pairo. 
Existo
"In" perfeito estado
Desnudo a alma
Envolta na atmosfera 
Latente
Da maturidade

Dispo-me
De irrelevantes detalhes
Desses que
Não se encaixam...
Aqui dentro não cabem...

Lavo a alma
A pele..
Os sentidos..
Em gotas generosas
De arrepio
Invadem
Escorrendo por entre fibras
Da rede pungente
Chamada
Sensibilidade


liza leal


quarta-feira, 4 de junho de 2014

FOME DE VIDA

A fome que digo
É dessas:
Brilho no olhar de menino
Vibrante, na arena de um circo...
Pés enterrados, absortos...
Na areia branquinha...
Essa gana que digo,
É dessas que os bichos famintos
Literalmente
Tiram da boca,
Protegem sua cria...

No sincronismo da dança
Na fala do instrumento afinado
No riso estampado 
Na face de toda criatura pensante 
E só...
Carente 
De afago e alimento...
E todo aquele que perambula,
Sem gota alguma de compaixão
E o que dizer da fome de se amar...
Como se este fosse o último gesto da vida...

De dentro pra fora,
De fora pra dentro,
Zelo pela alma
Com toda força
Do sentimento


liza leal