terça-feira, 4 de dezembro de 2012

PENUMBRA COMO TESTEMUNHA





Mãos assim,
Entrelaçadas...
Depois desatam...
E vem aquele roçar
Sincronizado
Quietude
Forjando brincadeira
De estátua...
Um respirar profundo
E o choro musicado
Jorrando dos céus...
Escorre na vidraça
Toda a sorte
E o vestígio
Desse bendito momento...
Desliza a madrugada
Descalça,
Pronunciando tudo
Sem nada dizer...
Calam-se todas as bocas do mundo
E a penumbra é testemunha
Faz-se agora, nesse instante
Todo o sentido
Do verbo VIVER
Dois mundos entrelaçados:
Tu e eu..




                                                                                LIZA LEAL