Um gole
Um trago
De um lado,
Fresco vinho tinto
De outro,
Em brasa,
Em tom cereja
Perfumadas
meias taças
Rubro
Carnal
Líquido
Doces suaves
Enlaçam
by L.L.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
NOVO PORTO
Então fica assim..
Por enquanto. Por agora. Por ora...
Beija flor com pinta de monge...
Passado de lobo mau.
Previsível. Sarcástico.
Folha de bananeira.
Pra onde o vento tocar,
Seu mundo vai girar.
Deixa tudo como de fato és...
Como sempre foi e estás.
Claríssimo e natural
Feito o clima "caliente"
Este dos meus sonhos...
Deliciosamente tropical
Tua cultura viril
Faz reboliço
Como meio mundo
Que existe
Nada assim
Extraordinariamente
Anormal
Mudei de porto.
Cabana nova.
Novos horizontes.
Um novo cheiro de maresia
No ar...
by L.L.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
TECLA "MUTE"
A cada dia vivido
Reverencio a soma
De pequenos-grandes fatos
Que me ganham...
Saboreando mais do que nunca,
Doces caseiros,
Ao invés de minúsculas e amargas
Mesmices,
Perfeitamente dispensáveis...
Poupando-me de matérias sangrentas
Futilidades modernas. Enlatados diversos.
Não raro, deleto, ruídos nada bem quistos...
Lanço mão da tecla "mute" para,
Meu capricho sorrir.
Eliminando durezas pequenas
No estilo - instinto de sobrevivência
Irrelevantes gotas
Perto do Mar intenso
O mesmo que nadei
Pra chegar até aqui
Acolhendo poucas e raras causas
As quais acredito e me sinto
Pronta a abraçar.
Se a vida é assim tão rápida e breve...
Então é respirar com jeito e sem pressa.
Pôr em prática a bênção dos sentidos...
Calar e dizer,
Como somente o coração bem sabe,
Para então dormir em paz.
by L.L.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
CERRADO
Eis que me surge
Bendito
Cheiro de chuva
Acariciando a saudade...
Lá vem ela,
Lavando a secura
Do mato,
Do asfalto...
Dos bichos
Da Terra...
Abro a janela do carro...
Bendito ar umidificado!..
Lá vou eu,
Cortando estrada...
Rumo à outra cidade
Vez por outra
Um pássaro desliza suave e lindo...
Daquele jeito livre
Inimitável...
Sem pressa
Roubando pensamentos...
Rasgando
O céu feliz
Do meu Cerrado
by L.L.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
JARDIM MULTICOLORIDO
Jamais saberei dizer
O quanto e como cresci
Nos últimos dois anos
Especialmente no último mês
Estou na fase de lembranças
Que parecem mesmo um filme, e sempre a voz de minha mãe
(Feito um curativo à dor intraduzível, que o peito sabiamente, esconde tão bem):
- "Deus te abençoe."
Amorosa.
Espirituosa.
Extremamente sensível.
Canceriana teimosa na arte do viver.
Parece que foi ontem,
Me despedi sem saber...
No íntimo, já sabendo.
- Mãe, Jesus te proteja e N. Senhora também!
- Você também.
As estrelas foram testemunhas,
Na volta pra casa,
Da pequena lança fincada,
Aonde bem, não sei.
Nem quis muito compreender.
Hoje, em resumo,
Suspiro fundo, e digo:
- Eu sei... Que foi melhor assim.
Sei bem que onde ela estiver,
Tudo são rosas... Como ela tanto gostava.
Um jardim multicolorido,
Sem dores... E de volta, sua memória,
Da missão dignamente cumprida.
Meu pai ali, sorrindo, falando da ausência de dores,
E que com o tempo,
Os filhos amados que aqui deixaram
Saberão serenar a dor da saudade...
Ficaremos em paz.
Mas é que minha fonte
Precisa jorrar...
Entenda-me, Deus!...
Preciso, vez por outra,
Chorar.
Ganhei nome de batismo,
Carinho e tanto mais...
Então permita-me que hoje
Eu me traduza assim,
Entre o vazio da falta
E a certeza
De que onde ela estiver,
Já não sofre mais.
by Liza Leal
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
GOTAS DE SAL
Ah!...
Arrepios na pele
Tremor na aura
Desses que sacodem
De leve...
Instantaneamente
Faz calar a fala...
Solitariamente
Sensível...
Viajante...
Sensitiva...
Ah!...
Mar de sensibilidade
E suas ressacas...
Pôr do sol
Que transborda
Entre gotas de sal...
E feito mini cascatas,
Desaguam...
Cenas de um filme
Da vida real...
by L.L.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
LUZ!..
Hoje especialmente
A poesia talvez não tenha a cadência
Suave de um riacho...
Ou talvez as palavras
Aqui não caibam
Não tenham cara de luau.
Não,
Não vou dizer que sinto-me
Em frangalhos...
Desarmei-me..
Falei com Deus...
Por certo Ele,
Fitou-me cuidadosamente,
Como de costume...
Viu e sentiu um tremor escondido
Hoje meu anseio é beber forças
De um pôr do sol risonho
Respirar esperança
De dias vindouros,
Sem DORES,
Sem fios de UTI...
Mas sim o brilho no olhar
De minha mãe
O meu maior desejo
Tem nada
E tudo a ver,
Comigo...
É imaginar que o destino
Tem riscado uma estrada
De luz Divina
Um novo amanhã...
À quem luta bravamente
Pela vida..
Definitivamente,
Toda vez que penso numa palavra
Para definir minha mãe
Só me vem:
CORAGEM
Que Deus faça o melhor,
No tempo Dele.
L.L.
A poesia talvez não tenha a cadência
Suave de um riacho...
Ou talvez as palavras
Aqui não caibam
Não tenham cara de luau.
Não,
Não vou dizer que sinto-me
Em frangalhos...
Desarmei-me..
Falei com Deus...
Por certo Ele,
Fitou-me cuidadosamente,
Como de costume...
Viu e sentiu um tremor escondido
Hoje meu anseio é beber forças
De um pôr do sol risonho
Respirar esperança
De dias vindouros,
Sem DORES,
Sem fios de UTI...
Mas sim o brilho no olhar
De minha mãe
O meu maior desejo
Tem nada
E tudo a ver,
Comigo...
É imaginar que o destino
Tem riscado uma estrada
De luz Divina
Um novo amanhã...
À quem luta bravamente
Pela vida..
Definitivamente,
Toda vez que penso numa palavra
Para definir minha mãe
Só me vem:
CORAGEM
Que Deus faça o melhor,
No tempo Dele.
L.L.
terça-feira, 25 de junho de 2013
"A LIGA"
Nossa fissura
Tem um toque
Tragicômico
Uma pegada
Telepática
Supersônica
Vez por outra,
Barco à deriva...
Ondas de bem...
E malquerer
Viro as costas,
Teu destino
Pouco importa
Até que seus passos
Num passe de mágica,
Sejam fisgados
Pela intempestiva
Química da saudade..
E você sabe,
O decreto que carimba
Nossa "liga"
É declaradamente
Indecifrável
Porque é impossível
Entre nós, haver mágoas...
Imagine então
Quando nossas línguas
Se cruzam... Se cruzarem,
E falarem a língua
Que a matemática do mundo
Escasso tempo tem
Pra se dizer
by L.L.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
MÃE E FILHA
- Bom dia! - A bênção, Mãe!...
No rosto, um riso tranquilo... Olhar curioso. Corpo franzino. A voz branda:
- Deus te abençoe!
Perguntei como estava. Sorri. Respondeu que - bem.
Outros idosos em volta.
Minha filha também pede a bênção. Ela responde, com o mesmo olhar curioso. Admirada e ao mesmo tempo, a postura meio que alheia...
Olhei a pantufa que usava. (Fui eu quem dei, quando a memória era mais viva). Me identifiquei, falando meu apelido, e o nome de minha filha.
Veio o jantar por volta das cinco. À ela servi, calmamente.
Perguntei se estava bom, disse que sim. E também se ela gostava do lugar, das pessoas... O gesto foi positivo.
Fui buscar água. Pelos corredores, alguns me observavam, com aquele olhar de criança. Cumprimentei, conversei com alguns.
Voltei para junto dela. Tomou a água sozinha.
Comentei com ela do resfriado terrível que sofri dias atrás, de um modo que
ela entende bem, com o humor típico nordestino, próprio dela:
- Mãe, peguei uma gripe de égua. Só faltei ficar de quatro. O trem foi feio!..
Ela sorriu, dessa vez um riso largo. E sussurrou algo, tipo: - Oh meu Deus!..
Falei, dessa vez com a voz embargada: - Senti falta do seu chá. "Chá de mãe". Sinto falta do seu café... Em fração de segundos pensei:
- Vou chorar quando estiver na estrada, rumo à minha casa, do meu jeito.
Ficamos mais um tempo. E o tempo venceu, apenas naquele dia. Então a acomodamos numa cadeira de rodas. Levamos até uma funcionária da clínica.
Nos despedimos. Dessa vez ela abençoou com firmeza na voz. Eu disse, de todo coração: - Mãe, fica com Deus!.. Nossa Senhora te proteja.
Ela disse: - Amém. Você também.
Fomos embora, completamente dividida. Nenhuma lágrima. Só alimentei, além da saudade que já brotava, o sentimento de FÉ... A certeza de que minha mãe está sob a divina proteção, e que nem sempre temos os remos do destino. E por mais que uma situação "X" seja vista a olho nu, somente quem saboreia, quem atravessa literalmente o caminho, é quem pode sintetizar o valor de um sentimento genuíno de dor e resignação.
Minha mãe tem mal de alzheimer. Vive num local com estrutura e cuidados adequados para tal problema, pois devo admitir, não sou capaz de atende-la cem por cento, com os devidos cuidados. Seria desleal de minha parte, se assumisse tal missão. Porém, me faço presente de acordo com minha capacidade. Se é fácil... Decididamente não. O nó no peito não se desfaz. Porém, não há um só dia em minha vida que não mentalizo o seu melhor. E então não levo a sério a distância. Em prece, entrego-a, não só em datas marcantes, mas a cada vez que bate a saudade... Aos cuidados especiais de JESUS CRISTO.
L.L.
No rosto, um riso tranquilo... Olhar curioso. Corpo franzino. A voz branda:
- Deus te abençoe!
Perguntei como estava. Sorri. Respondeu que - bem.
Outros idosos em volta.
Minha filha também pede a bênção. Ela responde, com o mesmo olhar curioso. Admirada e ao mesmo tempo, a postura meio que alheia...
Olhei a pantufa que usava. (Fui eu quem dei, quando a memória era mais viva). Me identifiquei, falando meu apelido, e o nome de minha filha.
Veio o jantar por volta das cinco. À ela servi, calmamente.
Perguntei se estava bom, disse que sim. E também se ela gostava do lugar, das pessoas... O gesto foi positivo.
Fui buscar água. Pelos corredores, alguns me observavam, com aquele olhar de criança. Cumprimentei, conversei com alguns.
Voltei para junto dela. Tomou a água sozinha.
Comentei com ela do resfriado terrível que sofri dias atrás, de um modo que
ela entende bem, com o humor típico nordestino, próprio dela:
- Mãe, peguei uma gripe de égua. Só faltei ficar de quatro. O trem foi feio!..
Ela sorriu, dessa vez um riso largo. E sussurrou algo, tipo: - Oh meu Deus!..
Falei, dessa vez com a voz embargada: - Senti falta do seu chá. "Chá de mãe". Sinto falta do seu café... Em fração de segundos pensei:
- Vou chorar quando estiver na estrada, rumo à minha casa, do meu jeito.
Ficamos mais um tempo. E o tempo venceu, apenas naquele dia. Então a acomodamos numa cadeira de rodas. Levamos até uma funcionária da clínica.
Nos despedimos. Dessa vez ela abençoou com firmeza na voz. Eu disse, de todo coração: - Mãe, fica com Deus!.. Nossa Senhora te proteja.
Ela disse: - Amém. Você também.
Fomos embora, completamente dividida. Nenhuma lágrima. Só alimentei, além da saudade que já brotava, o sentimento de FÉ... A certeza de que minha mãe está sob a divina proteção, e que nem sempre temos os remos do destino. E por mais que uma situação "X" seja vista a olho nu, somente quem saboreia, quem atravessa literalmente o caminho, é quem pode sintetizar o valor de um sentimento genuíno de dor e resignação.
Minha mãe tem mal de alzheimer. Vive num local com estrutura e cuidados adequados para tal problema, pois devo admitir, não sou capaz de atende-la cem por cento, com os devidos cuidados. Seria desleal de minha parte, se assumisse tal missão. Porém, me faço presente de acordo com minha capacidade. Se é fácil... Decididamente não. O nó no peito não se desfaz. Porém, não há um só dia em minha vida que não mentalizo o seu melhor. E então não levo a sério a distância. Em prece, entrego-a, não só em datas marcantes, mas a cada vez que bate a saudade... Aos cuidados especiais de JESUS CRISTO.
L.L.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
LAVANDO A ALMA
Se é preciso ter jogo de cintura
Respiro fundo
Abraço a causa
De mais um dia
E os desafios que
Com ele vier
Mas sem essa
De engolir o choro
Acumular tijolos
No peito,
Aquele peso
Que em nada
Vai edificar
Choro sim,
Junto à seiva bruta
De meu aconchego poético
Pois sei que cedo ou tarde
Hei de lavar o rosto,
Ressurgir das cinzas
Só não prometo
Guardar mágoa
Muito menos a lágrima
Que remedia e trata
A alma
Que me faz
Vibrar
by L.L.
"Não sou alegre nem sou triste. Sou poeta."
(Cecília Meirelles)
quarta-feira, 3 de abril de 2013
A VIDA E SEUS TONS...
Não sei,
Mas acho que
estou
Na ponte da
idade madura...
Vejo algodão
doce
E já sinto
água na boca...
Ouço batucada
Os pés ficam
loucos...
Vejo imagem do
Mar,
É maresia nos
olhos...
Não sei,
Mas penso estar na flor da idade
Da idade de viver
Como se fosse o hoje,
A última largada...
Me largando,
De encontro à vida
E tudo que nela,
For profundamente
Bom
L.L.
.
03.04
*mais um ano de Vida...
terça-feira, 2 de abril de 2013
SEM ALARDE..
Porque há dores
E dores...
Algumas se enroscam
Sem nome
Sem alarde
Algumas se enroscam
Sem nome
Sem alarde
Sem firula...
Porém,
Vigorosa e calma...
.
Feito a superfície
Porém,
Vigorosa e calma...
.
Feito a superfície
De um rio brando
Somos um manto
Cobrindo a profundidade
Inalcançável,
Onde não se pode tocar
Nem ver,
Enquanto o movimento
Somos um manto
Cobrindo a profundidade
Inalcançável,
Onde não se pode tocar
Nem ver,
Enquanto o movimento
Angustiante
Se debate
Nas entranhas
Do Ser
Se debate
Nas entranhas
Do Ser
L.L.
sexta-feira, 15 de março de 2013
SAPATOS VERMELHOS
Em busca de mais um acessório
Para uma noite de cantoria.
Perambulando pelas ruas da cidade,
Entrei numa loja, meio que amarrada.
E do outro lado, o vendedor, não muito disposto...
Estávamos os dois, ali... Eu, vendo tudo na vitrine...
Flerte algum com os pares de sapatos.
As cores se embaralharam.
Tudo chamativo e nada interessante!...
Os dois, eu e o vendedor, cada qual em sua indecifrável dimensão.
Olhei, olhei... Fingi que estava procurando um modelo que havia visto
Em outra loja, mas não estava ali, nem eu também. Enfim, agradeci e saí.
Desvencilhei-me daquele momento “nada com nada”. Ufa!
Saí, respirei o ar da avenida... Olhei para o canteiro de uma rua,
Avistei uma muda que me interessou por demais.
Ficaria muito bem no pequeno jardim de minha casa.
Lembrei-me rapidamente de um viveiro... Cheinho de plantas e cheiro de verde...
A fome bateu...
As músicas do repertório reviradas na cabeça. Amanhã eu canto!...
Uma desordem estranha na mente. Estranhamente confortável.
Minha filha me liga, ficou de me buscar.
Me pergunta se encontrei os SAPATOS VERMELHOS.
Eu disse que andei, andei... Vi tanta coisa e não vi nada.
Ela sorri, e me diz: - Então vamos!... As duas cansadas.
E então faríamos uma última tentativa numa loja “X”... A caminho de casa.
Lá estava o par de sapatos que estaria comigo no dia seguinte.
Eu e a vendedora falamos a mesma língua, mais uma vez... Porém com um final feliz.
No dia seguinte, um dia normal... Até que meu músico chegue, de outra cidade,
Motorizado em duas rodas, o maluco... Todo vestido “a caráter”. Sensível... Zen até demais!...
Vamos combinar!... Também não fico de fora, mas o mestre das cordas...
Vai chegar aos 50 com dez anos a menos... Sem vícios, sem cólera... Na paz!...
Aí sim, eu entro no clima, visto a camisa... Para mais uma noite de música
E muita emoção. Um lanche, um ensaio rápido... Um pouco de riso pra ficar “relax”.
Um atraso “típico”...Reserva de mesas... Sorriso no rosto. Ouvidos ansiosos...
E o trunfo maior, uma música dos Beatles só pra começar... Brincando com a emoção.
Lá estamos nós...
Cantora e músico, ambos com sapatos na cor do coração.
LIZA LEAL
Para uma noite de cantoria.
Perambulando pelas ruas da cidade,
Entrei numa loja, meio que amarrada.
E do outro lado, o vendedor, não muito disposto...
Estávamos os dois, ali... Eu, vendo tudo na vitrine...
Flerte algum com os pares de sapatos.
As cores se embaralharam.
Tudo chamativo e nada interessante!...
Os dois, eu e o vendedor, cada qual em sua indecifrável dimensão.
Olhei, olhei... Fingi que estava procurando um modelo que havia visto
Em outra loja, mas não estava ali, nem eu também. Enfim, agradeci e saí.
Desvencilhei-me daquele momento “nada com nada”. Ufa!
Saí, respirei o ar da avenida... Olhei para o canteiro de uma rua,
Avistei uma muda que me interessou por demais.
Ficaria muito bem no pequeno jardim de minha casa.
Lembrei-me rapidamente de um viveiro... Cheinho de plantas e cheiro de verde...
A fome bateu...
As músicas do repertório reviradas na cabeça. Amanhã eu canto!...
Uma desordem estranha na mente. Estranhamente confortável.
Minha filha me liga, ficou de me buscar.
Me pergunta se encontrei os SAPATOS VERMELHOS.
Eu disse que andei, andei... Vi tanta coisa e não vi nada.
Ela sorri, e me diz: - Então vamos!... As duas cansadas.
E então faríamos uma última tentativa numa loja “X”... A caminho de casa.
Lá estava o par de sapatos que estaria comigo no dia seguinte.
Eu e a vendedora falamos a mesma língua, mais uma vez... Porém com um final feliz.
No dia seguinte, um dia normal... Até que meu músico chegue, de outra cidade,
Motorizado em duas rodas, o maluco... Todo vestido “a caráter”. Sensível... Zen até demais!...
Vamos combinar!... Também não fico de fora, mas o mestre das cordas...
Vai chegar aos 50 com dez anos a menos... Sem vícios, sem cólera... Na paz!...
Aí sim, eu entro no clima, visto a camisa... Para mais uma noite de música
E muita emoção. Um lanche, um ensaio rápido... Um pouco de riso pra ficar “relax”.
Um atraso “típico”...Reserva de mesas... Sorriso no rosto. Ouvidos ansiosos...
E o trunfo maior, uma música dos Beatles só pra começar... Brincando com a emoção.
Lá estamos nós...
Cantora e músico, ambos com sapatos na cor do coração.
LIZA LEAL
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
ALÉM DO QUE SE VÊ...
Me apavora
Bem mais
Que um filme
De terror...
Poucas frases
Me confortam
Simples gestos
Me encantam...
Me tomam...
Quando pensam
Que me encontro
Em tristeza
E abandono
Ausência de humor...
Confesso,
Posso estar
A léguas
De distância
Mas é aí
Que me enlaço
Com detalhes
Transparentes
Recheados
De
Amor!..
by Liza Leal
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